Desmate na Amazônia aumenta 51% no 1º trimestre e bate recorde do período

Entre janeiro e março, o desmatamento tomou 796 km2 da Amazônia Legal, segundo os alertas do sistema Deter, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

O número representa aumento de 51% em relação ao primeiro trimestre do ano passado e também um recorde para o período nos últimos cinco anos – desde que o Deter passou a usar a metodologia atual.

Em 2016, o primeiro trimestre registrava 644 km2 de desmatamento, que caiu para apenas 234 km2 no início de 2017. O recorde para os três primeiros meses do ano era de 2018, com 685 km2.

Marcado pela estação das chuvas na região amazônica, o primeiro trimestre apresenta números mais baixos de desmatamento do que o restante do ano, que passa a contar com uma subida nos alertas de desmate a partir de maio.

O Mato Grosso apresentou a maior área desmatada neste ano – 267 km2, sendo 55km a mais do que no início do ano passado. A alta deste trimestre foi puxada pelo Pará, que teve a maior expansão de área desmatada no período. O estado somou 257 km2 de desmatamento neste trimestre – um crescimento de 242% em relação ao início de 2019, que registrava 75 km2.

A subida acontece a despeito dos anúncios do governo estadual do Pará de reforço da fiscalização para combater o desmatamento, que neste trimestre aconteceram majoritariamente nos municípios de Altamira, São Félix do Xingu, Novo Progresso e Itaituba.

No início do mês, o governador Helder Barbalho (MDB) pediu ao vice-presidente Hamilton Mourão reforço das Forças Armadas e também anunciou a capacitação de cem novos fiscais que devem atuar, a partir de maio, em um força estadual de combate ao desmatamento.